Membro titular do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE), o juiz Adolfo Naujorks, representando o presidente da Corte, desembargador Moreira Chagas, destacou a importância da maçonaria no processo de conscientização popular sobre as eleições. Uma das eminentes autoridades na solenidade de 29 anos da Glomaron, o juiz falou sobre a parceria que possibilitou a impressão de cinco mil exemplares da cartilha de orientação ao eleitor, editada pela Ouvidoria Geral do TRE, e acentuou a importância da participação dos maçons no trabalho de massificação do conteúdo do manual.

“A Maçonaria é uma parceira estratégica da Justiça Eleitoral nesse processo”, asseverou. Em seu discurso, Adolfo Naujorks, disse que o TRE resolveu editar a cartilha, com apoio de várias instituições e entidades, com o intuito de oferecer ao eleitor uma ferramenta a mais para melhorar a qualidade dom voto, buscando oferecer todas as informações que possibilite ao eleitor identificar os candidatos que têm propostas mais coerentes e oferecendo-lhe conhecimento sobre questões corriqueiras, mas fundamentais, como aonde tirar o título, endereço dos cartórios eleitorais, qual documento levar para votar, aonde fazer uma denúncia, quais são os crimes eleitorais e quais as condutas que podem ou não serem adotadas no dia da eleição.

“Com esta ferramenta, de forma bem simples, bem singela, o TRE pretende atingir os eleitores para tê-los como aliados nessa difícil tarefa de levar adiante esse processo eleitoral. Nós queremos, e não olvidaremos esforços para conduzir um processo eleitoral tranquilo, limpo e transparente, para que o resultado das eleições seja o espelho efetivo da vontade da população”.

Para o juiz, a parceria da Maçonaria no engajamento da população no processo eleitoral, na fiscalização das campanhas dos candidatos, na fiscalização da arrecadação de recursos e nos gastos de campanhas, é de fundamental importância, pois garante o fiel cumprimento do ato cidadão que compreende o pleito eleitoral. “Muitos crimes eleitorais só são descobertos com a participação da população, com o uso do 148, o disque-denúncia do TRE”.

“Efetivamente nós não temos auxiliares suficientes, como Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, PRF, que nos ajudam antes e no dia da eleição. Não dispomos de agente em número suficiente para que fiquemos em cada quarteirão fiscalizando as pessoas que são candidatas, então é necessário que os cidadãos também tenham essa postura de fiscais da cidadania, porque isso, em última razão, interessa a todos nós”, salientou.

Ao reafirmar a parceria com a maçonaria, o juiz Adolfo Naujorks enaltece o trabalho das entidades e instituições que, com o único objetivo de contribuir para a cidadania e a efetivação da democracia, se empenham solidariamente em atividades, muitas vezes árduas, a fim de conscientizar os demais membros da comunidade e, nesse caso, reforçando, com seus quase dois mil obreiros, além de suas famílias, dos demolays e Filhas de Jó, a Patrulha Eleitoral.

Adolfo Naujorks abordou também os desafios da Justiça Eleitoral, com o problema da alagação da sede do Tribunal e das Sete Varas Eleitorais de Porto Velho e disse que isso só aumento o desafio dos membros da Corte Eleitoral, para trabalhar ainda mais na realização das eleições deste ano. Esses problemas, segundo o magistrado, levaram o presidente do TRE, desembargador Moreira Chagas ao Encontro do Colégio de Presidente dos TREs, em Brasília, onde também matéria reuniões com a direção do Tribunal Superior Eleitoral, propondo medidas para amenizar os problemas que as enchentes trouxeram à Justiça Eleitoral em Rondônia.