2 de abril: Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo

A data tem por objetivo divulgar informações sobre o transtorno do espectro autista e combater o preconceito e a discriminação que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno

A data tem por objetivo divulgar informações sobre o transtorno do espectro autista e combater o...

Em 2007, foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) o dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado em 2 de abril. A data tem por objetivo divulgar informações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e combater o preconceito e a discriminação que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno.

Contudo, apenas em 2018 foi instituído no Brasil, pela Lei n. 13.652, o Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo, também em 2 de abril, o que demonstra o atraso na conscientização sobre esse transtorno no país e ressalta a importância dos debates sobre o tema.

Símbolos

O autismo é representando por três símbolos: peça de quebra cabeça, fita de conscientização e o infinitivo colorido. 

O símbolo mais antigo, foi usado pela primeira vez em 1963, e menos aceito pela comunidade autista é o quebra cabeça, que representa a complexidade dos transtornos que foram o espectro autista.  É criticado por passar a ideia de que o autista não se encaixa. 

A fita de conscientização foi adotada em 1999 como o sinal universal da conscientização sobre do autismo. As peças em diferentes cores representam a diversidade de pessoas e famílias que convivem com o TEA. As cores fortes representam a esperança em relação aos tratamentos e ao acolhimento pela sociedade em geral. 

O símbolo do infinito colorido representa a diversidade que existe dentro do espectro autista sem reforçar estigmas sobre o transtorno. Representa o movimento da neurodiversidade, que abrange variações do cérebro humano, além do autismo.

Diagnóstico

O pediatra é o profissional de referência da primeira infância, por isso, seu papel é fundamental na detecção dos sinais precoces do Transtorno do Espectro Autista. Havendo suspeitas, a criança deve ser encaminhada para especialistas, dentre eles, neuropediatras e neuropsiquiatras, com conhecimento em TEA.

É importante observar sinais do autismo em crianças e a importância de procurar orientação profissional o quanto antes para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento, pois quanto mais precocemente se iniciarem as intervenções, melhores as perspectivas de qualidade de vida para a pessoa.

Atualmente o número de diagnósticos de autismo em adultos é crescente, devido ao avanço dos estudos sobre o tema.

Todavia, o autista adulto ainda é invisibilizado no Brasil, pois muitos autistas desenvolvem habilidades e mascaram suas características ao longo da vida e isso dificulta o tanto o diagnóstico como que as outras pessoas o enxerguem como autista.

O diagnóstico do autismo é clínico, por meio da observação direta do paciente, coleta de informações com pais, responsáveis, familiares e com o próprio autista, bem como pela aplicação de escalas, questionários e protocolos padronizados a respeito do comportamento, emoções e pensamentos.

São observados os seguintes critérios no processo de diagnóstico de autismo: dificuldades significativas de comunicação e interação social e presença de comportamentos, interesses e pensamentos repetitivos, restritos e estereotipados.

Essas características estão presentes desde o período precoce do desenvolvimento, e provocam prejuízo significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

Um percentual significativo de pacientes com TEA têm uma ou mais comorbidades neurológicas ou psiquiátricas, que podem comprometer a precisão do diagnóstico.

Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno Opositor Desafiador (TOD), epilepsia, depressão e distúrbios de ansiedade estão entre as condições mais comuns que ocorrem juntamente ao TEA.

Os autistas são diagnosticados pelo nível de suporte que necessitam, sendo 1 o menor nível de suporte, 2 o intermediário e 3 o maior nível de suporte. Em alguns casos os autistas podem não falar, sendo não verbais.

Tratamento

O tratamento deve ser realizado por uma equipe multiprofissional de acordo com a necessidade específica de cada indivíduo, pois há um grande espectro do autismo, ou seja, uma grande faixa de variação desses sinais.

Direitos dos autistas

A Lei n. 12.764/12, conhecida como Lei Berenice Piana, instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista. A referida norma determina o acesso a um diagnóstico precoce, tratamento, terapias e medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS); à educação e à proteção social; ao trabalho e aos serviços que propiciem a igualdade de oportunidades.

Em 2020, foi a regulamentada a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), pela Lei 13.977, conhecida como Lei Romeo Mion.

A Ciptea é expedida pelos órgãos estaduais, distritais e municipais que executam a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. A família ou o autista devem apresentar requerimento acompanhado de relatório médico para obter o documento.

Com o documento o autista tem prioridade no atendimento, no acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social, evitando assim, constrangimentos impostos aos autistas nos exercícios dos seus direitos.

 

Assessoria de Comunicação do TRE-RO

 

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